SEMPRE ESTUDANDO

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CYBERBULLING E LOUSA DIGITAL NA ESCOLA DO FUTURO

CYBERBULLING E LOUSA DIGITAL NA ESCOLA DO FUTURO


Artigo aprovado para apresentação oral no "5a Conferência Mundial e 4º Congresso Ibero-Americano sobre Violência na Escola" que será realizado em Mendonza/Argentina nos dias 07, 08 e 09 de abril de 2011.

Prof. Ms. Vanderlei da Silva

E_mail: vangraz@uol.com.br

Profª Dra. Maria Lúcia de Amorim Soares

E_mail: maria.soares@prof.uniso.com.br

UNISO – Universidade de Sorocaba





Forma de apresentação: Oral

Responsável pela apresentação: Vanderlei da Silva

Tema 5: A relação educativa



PROPOSTA



Este artigo traz para discussão a questão do futuro da educação escolar, analisando noticiais relacionadas com a escola da cidade de Sorocaba/SP, e que foram destaque na imprensa local. Uma dessas noticias se refere ao anúncio da compra de lousas digitais que serão instaladas em algumas escolas da cidade em 2011. Outra notícia trata da informação de uma professora que estava sendo vítima de “cyberbulling” dos alunos da 8ª séria do ensino médio de uma escola tradicional de Sorocaba. Nesse sentido um Vereador da cidade apresentou um projeto de lei que estabelece medidas de proteção para professores, diretores e inspetores de alunos da rede municipal de ensino, nos caso em que sofram violência ou ameaça. Entendemos que são assuntos relevantes para discussão e análise, pois são questões emergentes e que terão repercussões no ambiente escolar. A aquisição de lousas digitais por escolas particulares e por Prefeituras da região foi noticiada como a chegada da “escola do futuro”. Porém, alguns educadores entendem que existe uma dúvida se a discussão é sobre a “escola do futuro” ou o “futuro da escola”, e defendem que a educação precisa ser focada na formação integral do sujeito. Como referencial teórico que vai permear a análise dessas questões vamos nos valer das obras de um dos mais destacados pensadores do mundo intelectual contemporâneo, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Em seus escritos Bauman nos ensina que em tempos dominados pela tecnologia em constante mutação, as possibilidades parecem infinitas, mas acarretam uma angustiosa sensação de insegurança e de incertezas para o futuro. Por isso, temos por hipótese que as referidas noticias possuem entre si uma relação conexa e precisam ser discutidas segundo as concepçòes de Bauman, ou seja, que escola e a educação enfrentam uma grande crise na sociedade moderna.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Felipe Quintão de; GOMES, Ivan Marcelo; BRACHT, Valter. Bauman e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

AMPARO, Deise Matos (Org.). Adolescência e violência: teoria e práticas nos campos clínico, educacional e jurídico. Brasília: Líber Livro Editora, 2010.

BAUMAN, Zigmunt. Legisladores e intérpretes: sobre la modernidad, la posmodernidad y los intelectuales. Buenos Aires: Universidade Nacional de Quilmes, 1997.

________________Modernidade liquida. Trad. Plinio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

_______________Trabajo, consumismo y nuevos pobres. Barcelona: Gedisa, 2000.

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. ed. 14. São Paulo: Cultura Editores, 1999.

GADELHA, Sylvio. Biopolítica, governamentabilidade e educação : introdução e conexões, a partir de Michel Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

MALVASI, Paulo Artur; TRASSI, Maria de Lourdes. Violentamente pacíficos: desconstruindo a associação juventude e violência. São Paulo: Cortez, 2010. (Coleção Construindo o Compromisso Social da Psicologia.)

MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.

SACCONI. Luis Antonio. Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa. São Paulo: Nova Geração, 2010.



Vanderlei da Silva

Rua Guilherme Maganhato, 68 – Votorantim/SP – CEP 18116-450

e-mail: vangraz@uol.com.br

Blog: http://doutoradouniso.blogspot.com/

Telefone: (15) 3243-2677 – (15) 9742-9993 – Fax: (15) 3229-0777

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

TERCEIRO SETOR Projeto da FUA tem o apoio da Uniong e da OAB

http://noticiasvotorantim.blogspot.com/2010/05/terceiro-setor.htmlFernando Guimarães

Notícia publicada na edição de 27/05/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno C

Abertura Semana do Terceiro Setor

http://noticiasvotorantim.blogspot.com/2010/10/abertura-semana-do-terceiro-setor.html


O prefeito de Votorantim, Carlos Pivetta, participou na noite desta quarta-feira (13), da abertura da Semana do Terceiro Setor promovida pela Prefeitura por meio da Secretaria de Cidadania e Geração de Renda (Seci). O evento segue até sexta-feira (15), com atividades realizadas no salão da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Votorantim (Apevo) e prédio da Seci.

Em seguida o público presente participou da palestra ministrada pelo professor e mestre Vanderlei da Silva, que explanou sobre o tema "Políticas Públicas de Assistência Social". O palestrante destacou a divisão da economia em três setores: Estado, Mercado e Organizações Sociais. Para ele, o terceiro setor possui um caráter estratégico na sociedade, pois se preocupa com o desenvolvimento social e a consolidação de valores democráticos.

Projeto de Articulação e Desenvolvimento do Terceiro Setor

Notícias de Votorantim
http://noticiasvotorantim.blogspot.com/2010/05/projeto-vai-ajudar-entidades-na.html

Projeto vai ajudar entidades na articulação e desenvolvimento
Leila Gapy

Notícia publicada na edição de 20/05/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno C

Posse na Academia Votorantinense de Letras, Artes e História (AVLAH)

Notícias da cidade de Votorantim
Posses na Academia Votorantinense


AVLAH realizará jantar, diplomações e premiações


A Academia Votorantinense de Letras, Artes e História (AVLAH) realizará a sua última reunião de 2010 na próxima segunda-feira, 13/12, às 19h30, momento em que serão diplomados cinco novos membros e será entregue o Prêmio "João Kruguer".


Os novos membros são: o artista plástico Adriano Gianolla Bezerra, a professora e escritora Catarina André Hand, o maestro Jonicler Real, o artista plástico e escritor Sidnei Ferreira dos Santos e o escritor Vanderlei da Silva.

- cadeira nº 27 – Vanderlei da Silva – (Escritor , Doutorando em Educação, Pós-Graduado em Direito do Terceiro Setor, Graduado em Direito)

Noticia publicada no Jornal Ipanema

Jornal Ipanema


UniOng promove palestra sobre nova Lei de Filantropia

Ipanema online



A UniOng (União de Organizações Não-Governamentais) promoveu nessa quinta-feira (14) uma palestra sobre “A nova Lei de Filantropia e as possíveis alterações nos Estatutos Sociais das Organizações” com o advogado Vanderlei da Silva, professor universitário, gerente administrativo da ONG SOS (Serviços de Obras Sociais) e vice-presidente da UniOng.

Artigo Publicado no Jornal Cruzeiro do Sul

Adolescente S.A
http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=44&id=373154

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

QUALIDADE DE VIDA NA MODERNIDADE LIQUIDA

Palestra ministrada  na SIPAT/2010
Saturnia Sistemas de Energia S.A
23/11/2010



Prof. Ms. Vanderlei da Silva






QUALIDADE DE VIDA NA MODERNIDADE LIQUIDA

Prof. Ms. Vanderlei da Silva

Formação Profissional:



Advogado com Especialização em Direito do Terceiro Setor;

Mestre em Educação;

Doutorando em Educação;

Gestor de Organizações do Terceiro Setor;

Prof. Universitário







Qualidade de vida

É o método usado para medir as condições da vida de um ser humano;

Envolve o bem físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos;

E também a saúde, educação, poder de compra e outras circunstâncias da vida;

Não deve ser confundido com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis.

Qualidade de vida



MODERNIDADE

A modernidade costuma ser entendida como um ideário ou visão de mundo que está relacionada ao projeto de mundo moderno;

Empreendido em diversos momentos ao longo da Idade Moderna e consolidado com a Revolução Industrial;

Está normalmente relacionada com o desenvolvimento do Capitalismo.

ZYGMUNT BAUMAN

Sociólogo polonês, iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia;

Reside na Grã-Bretanha, onde em 1971 se tornou professor titular da Universidade de Leeds, cargo que ocupou por vinte anos;

Atualmente é professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia;

Tem mais de dez obras publicadas no Brasil por Jorge Zahar Editor, todas elas de grande sucesso.



Zigmund Bauman:

Divide a modernidade em:



Sólida: era estável. A pessoa começava a trabalhar num local e permanecia ali até o final.



Liquida: tudo flui. A produção deixa de ser rígida. Já não há um fim a ser alcançado, desregulamentação e privatização de tarefas e deveres modernizantes (tudo é fragmentado e colocado sob responsabilidade individual).

MODERNIDADE SÓLIDA

A modernidade sólida é a fase marcada pela vigilância, pelo controle;

O homem era extremamente ligado às tradições e aos direitos costumeiros;

Essa sociedade era caracterizada pela monotonia, regularidade;

Os acontecimentos se repetiam;

Um mundo controlado com fronteiras fechadas e fixas.

ÉTICA DO TRABALHO

Modernidade sólida = Ética do trabalho = Disciplina

Trabalhar é um valor em si mesmo, uma atividade nobre e hierarquizadora.

A imposição da ética do trabalho implicava a renuncia da liberdade;

O trabalho formava a própria identidade da pessoa.



MODERNIDADE LIQUIDA

“Modernidade líquida” é o nome dado por Bauman à época atual;

Sucessora da primeira fase da modernidade, por ele nomeada “sólida”.

Destruição das características institucionais estáveis do período anterior, visando a construção de nova organização.

ESTÉTICA DO CONSUMO

Modernidade liquida = Estética do consumo = liberdade para escolher.

Consumir significa destruir, a medida que as consumimos, as coisas deixam de existir;

A norma imposta e a de ter capacidade e vontade de consumir;

O consumidor não deve se apegar a nada;

Não deve comprometer-se com nada, jamais deve considerar satisfeita a sua necessidade;

Nenhum dos seus desejos podem ser considerados os últimos.

ÉTICA DO TRABALHO X ESTÉTICA DO CONSUMO

Para aumentar a capacidade do consumo, não se deve dar descanso aos consumidores;

Nossa primeira e imperiosa obrigação é ser consumidor, depois, pensar em converter em qualquer outra coisa;

Não é possível criar um identidade pelo trabalho, pois uma carreira coerente e bem estruturada já não está aberta para todos;

O trabalho necessita sempre de comunicação, harmonia e integração entre os indivíduos;

O consumo é uma atividade essencialmente individual;

Não existe consumo coletivo.









A BUSCA PELA QUALIDADE DE VIDA

Acompanhar o ritmo das transformações com a rapidez exigida parece difícil para a maioria das pessoas;

Existe um sentimento de inadequação;

As mudanças tecnológicas e sociais não têm significado necessariamente melhoria da qualidade de vida das pessoas;

Existe uma dificuldade de manter relações sólidas, bem como o sentimento de cansaço e de estresse diante de tantos estímulos.



QUALIDADE DE VIDA NA MODERNIDADE LIQUIDA



PRECAUÇÕES

CUIDADO COM A VIDA PARA O CONSUMO

 Todos os seres humanos são e sempre foram consumidores e o interesse humano por consumir não é novo;

Porém, na modernidade liquida existe uma síndrome consumista;

O destino obrigatório de todo objeto de consumo (quando não se trata de vidas humanas) não é outro senão o lixo;

A indústria de eliminação de resíduos se converte em um setor fundamental da economia.

CUIDADO COM A VIDA A CRÉDITO

O advento da modernidade líquida fez a transformação dos humanos em uma “raça de devedores” ;

O capital financeiro “descobriu” as terras virgens das pessoas-sem-dívidas;

Transformando pessoas educadas na cultura da poupança, (cultura do “ganhe primeiro, gaste depois”);

Substituindo a cultura da poupança pela cultura do cartão de crédito;

Com isso removeu os limites para a expansão do mercado;

O consumidor não é fixado pelo nível de ordenados e salários;

Isso significa gastar dinheiro que ainda não foi ganho;

Por isso os bancos e as companhias de cartão de crédito garantiram para si e seus acionistas uma renda estável na forma de juros pagos pelos devedores, pelos empréstimos que tomaram.

CUIDADO COM O AMOR LIQUIDO

 Amor líquido é um amor “até segundo aviso”;

O amor a partir do padrão dos bens de consumo: mantenha-os enquanto eles te trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometem ainda mais satisfação;

O amor com um espectro de eliminação imediata e, assim, também de ansiedade permanente, pairando acima dele;

Na sua forma “líquida”, o amor tenta substituir a qualidade por quantidade — mas isso nunca pode ser feito, como seus praticantes mais cedo ou mais tarde acabam percebendo;

É bom lembrar que o amor não é um “objeto encontrado”, mas um produto de um longo e muitas vezes difícil esforço e de boa vontade.

CUIDADO COM A OBSESSÃO PELO CORPO PERFEITO

 Não é o ideal de perfeição que lubrifica as engrenagens da indústria de cosméticos, mas o desejo de melhorar;

E isso significa seguir a moda atual;

Todos os aspectos da aparência corporal são, atualmente, objetos da moda, não apenas o cabelo ou a cor dos lábios, mas os tamanhos dos quadris ou dos seios;

A “perfeição” significaria um fim a outras “melhorias”;

Na cirurgia plástica, são oferecidos aos clientes cartões de “fidelidade”, garantindo um desconto nas sucessivas cirurgias que eles certamente irão realizar;

Assim como a indústria de celebridades, a indústria cosmética não tem limites e a demanda por seus serviços pode, a princípio, se expandir infinitamente.

CUIDADO COM OS ANTIDEPRESSIVOS

Muitos sintomas da nossa crescente intolerância ao sofrimento – são na verdade, uma intolerância a cada desconforto ou mesmo ligeira inconveniência;

Em uma vida regulada por mercados consumidores, as pessoas passaram a acreditar que, para cada problema, há uma solução;

E que esta solução pode ser comprada na loja;

Que a tarefa do doente não é tanto usar sua habilidade para superar a dificuldade, mas para encontrar a loja certa que venda o produto certo que irá superar a dificuldade em seu lugar;

Não foi provado que essa nova atitude diminui nossas dores;

Mas foi provado, além de qualquer dúvida razoável, que a nossa induzida intolerância à dor é uma fonte inesgotável de lucros comerciais;

Por essa razão, podemos esperar que essa nossa intolerância se agrave ainda mais, em vez de ser atenuada.

QUALIDADE DE VIDA NA MODERNIDADE LIQUIDA



RECOMENDAÇÕES

VALORIZA AS AMIZADES

 Amizade só faz bem:

Recentes estudos confirmam: viver sozinho é prejudicial à saúde, principalmente à do coração;

TER MUITAS AMIZADES NÃO É NECESSARIAMENTE MAIS BENÉFICO DO QUE POSSUIR APENAS UM BOM AMIGO. O MAIS IMPORTANTE É SENTIR-SE SOCIALMENTE IMPORTANTE"

PARTICIPE DAS AÇÕES COMUNITÁRIAS

 Vantagens do trabalho voluntário

propicia-nos um sentido para a vida;

torna-nos mais produtivos em nossa atividade profissional;

passamos a ter mais saúde;

Segundo pesquisa da Universidade de Harvard

ajudar o próximo faz bem ao coração;

ajudar o próximo faz bem ao sistema imunológico;

ajudar o próximo aumenta a expectativa de vida e a vitalidade de maneira geral;

Enfim, ajudar o próximo traz benefícios para a saúde.



REFLITA ANTES DE CONSUMIR

O consumo exagerado faz com que as pessoas acreditem que somente encontrarão prazer nas coisas materiais, preenchendo seu vazio sentimental;

A cultura sob a qual nós vivemos imprime valores e necessidades;

A mídia influência na criação de “necessidades desnecessárias“;

Aliada a isso, está a estratégia dos produtores de terem produtos com vida útil extremamente baixa, estimulando o consumo contínuo, pois o produto de melhor qualidade é sempre o que ainda está por vir.

QUALIDADE DE VIDA NA MODERNIDADE LIQUIDA



AINDA HÁ ESPERANÇA

CRESCIMENTO DO TERCEIRO SETOR

O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais;

O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais;

Com a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro setor;

Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

A óptica das empresas tem mudado com o passar dos anos;

Hoje se preocupam mais com o bem-estar de seus colaboradores e também da comunidade;

A responsabilidade social da empresa é a extensão do papel empresarial, além de seus objetivos econômicos;

Seus defensores argumentam que as organizações têm amplo espectro de responsabilidades que vai além da produção de bens e serviços para obtenção de lucro.



AÇÃO DE CIDADANIA



APOIO À PROJETOS VOLTADA PARA A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE

FUNDO MUNICIPAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Os contribuintes podem deduzir do imposto devido, na declaração do Imposto sobre a Renda, o total das doações efetuadas, respeitados os limites estabelecidos pela lei:

PESSOA JURÍDICA: Dedução de1%do imposto devido;

PESSOA FÍSICA: Dedução de6%do Imposto de renda devido



PROJETOS APROVADOS PELO CMDCA

Projeto “Futebol Solidário”;

Projeto “Música para Todos”

Projeto “SOS ECO – Educação Ambiental e Cidadania.



CMDCA – CONSELHO MUNICIPAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Rua Jorge Moyses Betti N°213 - Santa Rosalia Sorocaba SP 18095-580 Telefones:

(15)3231-5300



www.cmdcasorocaba.org.br

OBRIGADO PELA ATENÇÃO



ATÉ A PRÓXIMA

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ADOLESCENTE S.A.

Prof. Ms. Vanderlei da Silva e Profª. Dra. Maria Lúcia de Amorim Soares

O filme “5X Favela – Agora por Nós Mesmos” é uma obra cinematográfica coletiva, produzida por moradores de favelas do Rio de Janeiro. Trata-se de um filme em que a alegria e a descontração dos moradores não escondem as desigualdades sociais existentes nas favelas e, de uma forma geral, no Brasil, não ocultando, inclusive, a violência existente, principalmente a violência que atinge os adolescentes daquelas comunidades. É uma produção brasileira, de 2010, de Carlos Diegues, sob direção de Cacau Amaral, Luciana Bezerra e outros. A narrativa esta dividida em cinco episódios e todos têm em comum uma concepção ideológica e um cunho político, discursando sobre um universo que fica à margem da sociedade, sem voz e historicamente apresentado pela visão da classe média. O primeiro episódio do filme “5X Favela – Agora por Nós Mesmos” é denominado “Fonte de Renda”, e nele nos é apresentado um jovem morador de uma comunidade, que consegue realizar o sonho da sua vida: ser aprovado no vestibular e poder cursar uma Faculdade de Direito. Porém, as dificuldades são imensas e praticamente intransponíveis, começando pela falta de vale transporte para o ônibus que o leva à faculdade e culminando com a falta de recursos para compras os livros caros e indispensáveis que são indicados pelos professores. Diante da possibilidade da realização de um grande sonho e das dificuldades encontradas, o jovem estudante de direito, tem a oportunidade de se tornar um “empreendedor” e conseguir o tão almejado recurso necessário para fazer frente às despesas. Porém, trata-se de um empreendimento ilícito, um antiprojeto, ou seja, ele se sente atraído a vender drogas para os amigos da faculdade, que pertencem à classe média alta, lucrando com isso o suficiente para custear seus estudos. O final do filme é feliz, o jovem consegue um estágio e não necessita mais vender drogas.
Mas a vida real dos adolescentes que estão à margem da sociedade capitalista não é um filme e os finais não são felizes, e sim, na maioria das vezes, trágicos. A esperança expressada pelo personagem do episódio “Fonte de Renda” reflete a cobrança feita aos jovens, de maneira geral, para que invistam em seu “futuro”, estudando e se tornando profissionais bem remunerados e, consequentemente, bons consumidores.
O pesquisador Sylvio Gadelha em seu livro “Biopolítica, governamentabilidade e educação” faz um estudo demonstrando que determinados valores econômicos migraram da economia para outros domínios da vida social, disseminando-se socialmente. Desse modo, alcançaram um poder normativo, capaz de instituir processos e políticas de subjetivação que “vêm transformando sujeitos de direitos em indivíduos-microempresas – empreendedores”. O mesmo autor explica que para a teoria do “Capital Humano” faz parte da instituição de um novo espírito capitalista, onde a noção de capital humano está interligada a um conjunto de habilidades, capacidades e destrezas que precisa ser abstraído das pessoas concretas para que se torne valor de troca no mercado. Dessa forma, esse conjunto de capacidades próprias dos homens e mulheres passa a adquirir um valor de mercado e se apresenta como forma de capital. Ainda, segundo o mesmo autor, essa nova forma de governamentabilidade vai influenciar a vida das pessoas, de forma que todos passam a acreditar que a capacitação e a formação educacional e profissional dos indivíduos são os elementos estratégicos e funcionam como investimentos cuja acumulação “permitiria não só o aumento da produtividade do indivíduo-trabalhador, mas também a maximização crescente de seus rendimentos ao longo da vida”.
Diante de uma governamentabilidade que estimula os indivíduos a se tornarem “sujeitos microempresas”, precisamos começar a avaliar se isso também não serve como estimulo para que os adolescentes que, apesar de terem expectativas e esperanças, não conseguem incluir-se nesse mercado de forma positiva e lícita, acabem por encontrar formas para captação de recursos na prática de atos infracionais.
A definição da pobreza e da exclusão social está diretamente ligada à elaboração de estratégias para combatê-la. Atualmente o conceito de desenvolvimento de um país está diretamente ligado às oportunidades que a população tem, de fazer escolhas e de exercer sua cidadania. Essa nova definição traz como pressuposto que para o Estado não basta a garantia dos direitos sociais básicos, mas também é necessária a garantia da liberdade do ser humano, de modo que esse possa exercer sua condição de agente de decisão e transformação na sociedade. A partir dessas novas definições de pobreza e exclusão social, entendendo-as como fenômenos multidimensionais, passamos a compreender que para diminuir os seus efeitos perversos é necessária a criação de programas interdisciplinares que articulem iniciativas nas áreas da saúde, trabalho, educação e cultura. Essa deve ser uma prática que passe a valorizar o protagonismo e a criatividade dos indivíduos, oferecendo-lhes outras ferramentas para a inserção nos espaços econômicos e formais, levando em conta os laços familiares e os valores comunitários.
O desemprego estrutural é uma realidade no mundo contemporâneo, principalmente para as classes mais baixas da população. Isso se deve, principalmente, à falta de qualificação profissional para o novo mundo do trabalho e à distância que os separa de uma formação de nível superior. Nessas condições, a prática da criminalidade, principalmente, o tráfico de drogas, se apresenta como uma forma de ocupação rentável que atrai os mais jovens. Pois no “antiprojeto” do “mundo do crime”, o adolescente encontra oportunidade de se tornar economicamente independente e muitas vezes obterem remuneração superior à dos seus pais. Sendo que os “empregadores” do tráfico não exigem apresentação de currículo ou formação profissional. A criminalidade também apresenta a possibilidade da visibilidade e os jovens passam a se considerar como uma pessoa importante, o que não ocorria quando levava uma vida dentro da normalidade esperada pela sociedade. Os meios de comunicação apresentam que o status social dos adolescentes pode ser conquistado com o uso do tênis da moda, pela bermuda e pelo boné de marcas famosas, ou seja, por meio do consumo, é possível ser visível. Portanto, passa a ser necessário começar a compreender a visão que os adolescentes estão formando da nossa sociedade, que é enxergada por ele como o verdadeiro inimigo, responsável pela situação de sua exclusão e à de sua família, ou seja, as condições sociais em que vive e convive são responsáveis pela sua invisibilidade. Para que então, a partir desse conhecimento, possamos começar a tratar do problema do envolvimento dos adolescentes com atos infracionais e com a violência. Entendendo que esses jovens, em sua grande maioria, não tiveram muitas oportunidades, na verdade, foram esquecidos pela sociedade e estão em uma realidade completamente diferente da dos “adolescentes empreendedores” da classe média alta, por esses motivos agem de acordo com as experiências que vivenciaram durante a sua existência.
A conclusão que chegamos é que a cultura do empreendedorismo ainda não está voltada para o adolescente que mora na periferia das grandes cidades, que não conseguem concluir nem o ensino médio. E na verdade, o que a sociedade espera é que se estabeleça o conformismo, dessa forma, aqueles que ficaram excluídos permanecerão invisíveis e não perturbarão o sossego dos que conseguiram tornarem-se indivíduos-empresas.

Vanderlei da Silva - aluno do Doutorado em Educação (vangraz@uol.com.br), Dra. Maria Lúcia de Amorim Soares - Professora do Mestrado e Doutorado (Maria.soares@prof.uniso.br). UNISO – Universidade de Sorocaba.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

DOUTORADO UNISO - EDUCAÇÃO ESCOLAR

O PPGE-Uniso adota, desde sua instituição, a “Educação Escolar” como área de concentração. Esta modalidade de educação é, na sociedade contemporânea, referência para o entendimento e realização das diversas formas de educação, correspondendo, em relação às formas de educação extra-escolar, ao nível mais desenvolvido de Educação, sendo por ela que se realiza grande parte da socialização dos indivíduos, bem como a circulação e a divulgação do conhecimento historicamente formulado e de valores fundamentais para a constituição das relações sociais. A área de concentração implica uma ordem específica de problemas de pesquisa.

Consideram-se como fundamentais, no âmbito deste Programa: os procedimentos de realização do ensino e da aprendizagem em espaços e formas institucionais; a reprodução e conservação de valores; a apropriação e circulação de conhecimento (incluindo as relações interpessoais e as dimensões institucionais); as formas de gestão e de realização da escola e da educação em seu interior; os processos históricos desta forma de educação e das instituições que a realizam.